Para alcançar desempenho eficiente, o aluno com deficiência visual, especialmente o aluno cego, precisa dominar alguns materiais básicos, indispensáveis no processo ensino-aprendizagem. Entre esses materiais, destacam-se:
O braille é um sistema de escrita utilizado por nós cegos. Ele recebe o nome de seu inventor( Louis Braille), que também era cego, e com 15 anos inventou o sistema. O braille é composto por 6 pontos em relevo, que formam 63 conbinações. Com ele é possível fazer letras, números, símbolos químicos e matemáticos.
A escrita do braille pode se realizar por várias maneiras:
A mais antiga e a mais utilizada é a reglete e o punção.
A pessoa prende o papel na reglete, e com o punção vai fazendo todos os pontos que formam as letras.
A segunda maneira são as máquinas de datilografia.
Existem muitos modelos de máquinas de datilografia. Com elas o trabalho se torna muito mais rápido que na reglete, pois a pessoa não precisa fazer ponto a ponto com o punção
Com o avanço da informática, já é possível produzir um braille com ótima qualidade em impressoras especiais. Também já é possível imprimir gráficos, o que não era possível nas máquinas de datilografia.
Os livros são produzidos em grandes gráficas informatizadas
O Assinador
O assinador é usado como guia, para que o cego possa escrever em letra comum o próprio nome, assinar um cheque, e fazer outras atividades em que se torna necessária a escrita convencional. Existem vários modelos de assinador; o mais comum é composto de uma borracha, para que o mesmo não deslize no papel. Sobre a borracha é colada uma placa de alumínio, com uma pequena abertura, para que a pessoa possa escrever. Alguns modelos possuem uma linha flexível para facilitar a escrita.
O Sorobã
O Sorobã é um aparelho de cálculo usado já há muitos anos no Japão pelas escolas, casas comerciais e engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples.
Na escrita de números reside a principal vantagem, que recomenda o sistema sorobã como método ideal de cálculo para deficientes visuais. Com alguma habilidade o deficiente visual pode escrever números no sorobã com a mesma velocidade ou até mesmo mais rápido que um vidente escreve a lápis no caderno.
O Sorobã está dividido em dois retângulos: um largo com 4 rodinhas em cada eixo e, outro estreito com apenas 1 rodinha. Serve de separação entre os retângulos uma tabuinha chamada régua, que tem, de 3 em 3 eixos um ponto em relevo, tendo seis ao todo. É junto da régua que se escreve e que se lê os algarismos. Para se calcular com o Sorobã, coloca-se o mesmo sobre uma mesa de modo que o retângulo largo fique mais próximo de quem vai calcular.
Outros recursos úteis são:
cubaritmo; calculadora sonora;material de desenho adaptados (régua, transferidor, esquadro); sólidos geométricos; fita métrica adaptada; jogos adaptados; mapa em relevo; relógio braile ou sonoro; bola com guizo; tronco humano desmontável; máquina de datilografia comum; Thermoform;